domingo, 21 de fevereiro de 2010
HERÓIS DE NADA ..........!!!
Receita para fazer um Herói
Tome-se um homem,
Feito de nada, como nós,
E em tamanho natural.
Embeba-se-lhe a carne,
Lentamente,
Duma certeza aguda, irracional,
Intensa como o ódio ou como a fome.
Depois, perto do fim,
Agite-se um pendão,
E toque-se um clarim.
Serve-se morto.
O que nos esperava .... era então a partida para Angola desde O Convento de S. Bernardo em Portalegre,malas aviadas rumo ao desconhecido , o desabrochar desta juventude preparados para tudo e para nada !?
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
A RAÇA DE UM ALENTEJANO !
É, assim, a modos que atravessado.
Nem é bem branco, nem preto, nem castanho, nem amarelo, nem vermelho....
E também não é bem judeu, nem bem cigano.
Como é que hei-de explicar?
É uma mistura disto tudo com uma pinga de azeite e uma côdea de pão.
- Dos amarelos, herdámos a filosofia oriental, a paciência de chinês e aquela paz interior do tipo "não há nada que me chateie";
- dos pretos, o gosto pela savana, por não fazer nada e pelos prazeres da vida;
- dos judeus, o humor cáustico e refinado e as anedotas curtas e autobiográficas;
- dos árabes, a pele curtida pelo sol do deserto e esse jeito especial de nos escarrancharmos nos camelos;
- dos ciganos, a esperteza de enganar os outros, convencendo-os de que são eles que nos estão a enganar a nós;
- dos brancos, o olhar intelectual de carneiro mal morto;
- e dos vermelhos, essa grande maluqueira de sermos todos iguais.
O alentejano, como se vê, mais do que uma raça pura, é uma raça apurada.
Ou melhor, uma caldeirada feita com os melhores ingredientes de cada
uma das raças. Não é fácil fazer um alentejano.
Por isso, há tão poucos.
É certo que os judeus são o povo eleito de Deus.
Mas os alentejanos têm uma enorme vantagem sobre os judeus:
nunca foram eleitos por ninguém, o que é o melhor certificado da sua qualidade.
Conhecem, por acaso, alguém que preste que já tenha sido eleito para alguma coisa?
Até o próprio Milton Friedman reconhece isso quando afirma que
«as qualidades necessárias para ser eleito são quase sempre o contrário das que se exigem para bem governar».
E já imaginaram o que seria o mundo governado por um alentejano?
Era um descanso.
fonte:aserra
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
A MÁSCARA DO CARNAVAL!
Veio-me à memória, agora por ser Carnaval , faz hoje precisamente uns bons anos , miúdo e sem grande tendência para me travestir para o que quer que seja ,acanhado e pouco extrovertido , lá fui entusiasmado pela minha mãe e pelas vizinhas da minha convivência.
Nas terças-feiras de Carnaval havia em Sousel ou ainda há ,mais própriamente o Baile de Máscaras nos AZUIS (Atlético Clube de Sousel ) premiavam a melhor máscara, que se apresentasse desde o começo até à meia-noite quando era obrigatório termos que desmascarar , o júri que era constituído pelos dirigentes dos Azuis com alguns conselheiros.
Vão estas duas alminhas ,Eu e Amigo Álvaro Cartas desfilar em pleno salão do respectivo Baile . eu de palhaço rico ,porquê rico , por se fosse de outro não estaria à altura de o merecer , pouco dado a tão nobre arte de fazer rir os outros.
Assim estaria salvaguardado não a mascara mas quem estava por detrás dela .
O amigo Álvaro , não me recordo qual a mascara ! ? ele que me diga se ler este post.
A única e a ultima vez, mas o mais difícil seriam as passeatas ao perímetro do salão,a ansiedade de resolver o problema onde estava metido que chegamos já com imensa gente dentro da sala e ainda sem algum mascarado.
Claro que a finalidade era não sermos reconhecidos, porém ouvi logo uma "boca" ò Zé Piteira , pronto, surpresa estragada, fui conhecido pelas orelhas , não que elas fossem grandes , antes pelo contrário.
As ilações que tirei mais valia ter continuado com a minha "MÁSCARA" não era surpreendido .
Mas consegui divertir-me , bailei mais de que as outras vezes ..... !!!
sábado, 13 de fevereiro de 2010
SE FORES AO ALENTEJO........
SE FORES AO ALENTEJO ....
O mar deixou o Alentejo
onde trouxe canções de oiro
Mas volta a matar saudades
Nas ondas do trigo loiro
Se fores ao Alentejo
vai,vai, vai,vai,vai
não te esqueças dá-lhe um beijo
ai,ai,ai.ai
Nas capelas e nos montes
Há sorrisos de brancura
onde fala a voz de Deus
Na voz da cal e da alvura
Sobe o sol abrasa a terra
A fecunda as espigas
à sombra das azinheiras
Na dolência da cantigas
Por lonjuras e planuras
Oh solidão, solidão
Eu quero paz no trabalho
p'ra poder ganhar o pão
(poeta popular?)
SE FORES AO ALENTEJO É A 2ª segunta deste video
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
A CEIFEIRA
Ceifeira, linda ceifeira,
Loira e trigueira,
Gosto de ti!
Teu rosto, linda flor,
Encantador,
Outro não vi.
Ao ver-te,no mês de Junho,
De foice em punho,
Ceifando o trigo;
Dás alegria aos meus olhos,
Fazendo molhos,
Canto contigo
Com o chapéu desabado,
Rosto suado,
Sorrindo estás;
Mas tantas vezes ceifando,
Andas pensando,
No teu rapaz.
À sombra da oliveira,
Linda ceifeira,
A sesta dormes
Debaixo de um sol ardente
Ceifas contente,
O pão que comes.
«Poeta Caipira» Cano-Sousel
1º prémio na Tarde de Poesia em Stª Amaro 20/01/85
1º prémio nos jogos Florais da FNAT
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
GIESTAS .... DA MINHA SERRA !
Entre giestas da serra
Plantei na minha terra
Raízes do meu amor
Todo o verde que encontrei
Esperança que transformei
Em dor da minha dor
Colhi urze do monte
Bebi água numa fonte
Matei a sede, um desejo
E o rosmaninho singelo
Com o seu perfume tão belo
Me delirava num beijo
Das árvores tive o prazer
Sua sombra receber
Dando-lhe boa guarida
Ali tudo imaginei
Muito carinho encontrei,
Na natureza querida
Sobre esta melancolia
O meu coração dizia
Revive alma sofrida
São trilhos do meu passado
Estradas tenho pisado
Retalhos da minha vida
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
ALENTEJO POPULAR
Como é lindo o Alentejo
Alentejo terra amada
Há quem não goste de ti
Eu não te troco por nada
A seguir à madrugada
Nasce o sol a colorir
A serra,que tanto invejo
Sorri toda a planície.
Tudo fica à superfície
Como é lindo o Alentejo
Alentejo, sol escaldante
Onde o homem lavrador
Semeia a terra sagrada,
com pingos do seu suor,
Cantando um hino d'amor.
Alentejo,terra amada
Vê-se o lindo arvoredo
Campinas de loiro trigo
Onde tudo nos sorri,
És o pão de cada dia
Por mera sabedoria,
Há quen não goste de ti
Teus rebanhos a pastar,
Na relva do verde prado,
De popoilas salpicada.
Há canções à tua beira,
Há muito quem não te queira,
Eu não te troco por nada...
(poeta popular ?)
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