segunda-feira, 28 de junho de 2010

SIMETRIAS DE ARTE -MILÃO



DUOMO MILÃO
História e arte
A catedral é imensa, com 157 m de comprimento e 109 m de largura. O interior possui cinco naves com uma altura que chega aos 45 metros, divididas por 40 pilares. Possui um transepto com três naves.

A construção do edifício começou em 1386 sob a iniciativa do arcebispo Antonio da Saluzzo, em um estilo gótico tardio de influencia francesa e centro-europeia, distinto ao estilo corrente na Itália de então. Os trabalhos foram apoiados pelo senhor da cidade, o duque Gian Galeazzo Visconti, que impulsou a obra através de facilidades fiscais e promoveu o uso do mármore de Candoglia como material de construção. A obra avançou rápido, e em 1418 o altar maior da catedral foi consagrado pelo Papa Martinho V. Já em meados do século XV a parte leste (ábside) da igreja estava completa. A partir desta data, porém, as obras prosseguiram lentamente até fins do século XV.


Vista da nave da catedral.Entre 1500 e 1510 a cúpula octagonal do cruzeiro foi completada e o interior foi decorado com várias séries de estátuas. Porém, a fachada oeste do edifício permaneceu ainda inacabada. Em 1577 a catedral foi consagrada novamente pelo arcebispo Carlos Borromeu. Apenas no século XVII foi a fachada construída, em estilo maneirista. Em meados do século XVIII foi completada a parte externa da cúpula, onde foi colocada a estátua da Madoninna.

Em 1805, por iniciativa direta de Napoleão, que havia invadido a Itália, as obras foram recomeçadas. Nessa época a fachada principal e grande parte dos detalhes exteriores, como os pináculos, foi completada em uma mistura de estilos, entre o neogótico e o neobarroco. Apenas em 1813 foi a catedral dada por finalizada, mais de quatrocentos anos após o início das obras. A catedral é atualmente um importante ponto turístico de Milão, e do alto do seu terraço é possível vislumbrar toda a cidade.
( Fonte wikipedia)

ALFA ROMEO 100 ANOS



Concentração Mundial pelos cem anos da alfa Romeo, Em pleno Castelo Seforzesco.
Indústria
Alfa Romeo completa 100 anos24/06/2010
Símbolo do design e esportivade, marca italiana completa centenário ditando moda



A história de uma fábrica que é sinônimo de Itália e da emoção, que nasceu da genialidade de um engenheiro de Nápoles, era o símbolo da expansão industrial, e continua a ser um exemplo do estilo e design italiano em todo o mundo. Um legado repleto de sucessos comerciais e de vitórias que a montadora conquistou em todo o mundo. O centenário da Alfa Romeo festeja uma das marcas mais importantes da história do automobilismo.

Inaugurada no dia 24 de junho de 1910, no bairro industrial de Milão como A.L.F.A. – Anonima Lombarda Fabbrica Automobili –, seu emblema enfatiza a ligação com a cidade, com a presença da Cruz Vermelha e do Visconti Alfa. Seu primeiro modelo foi o Alfa 24HP contruído por Giusepe Merosi. – foto abaixo. Apesar do sucesso de seu primeiro modelo, a empresa foi afetada pela guerra mundial e pela escassez de recursos, se viu sob ameaça de fechar. Em 1915, a empresa foi comprada pelo engenheiro e empresário Nicola Romeo, e passou a se chamar Alfa Romeo.





Fotos Ze Piteira

segunda-feira, 21 de junho de 2010

VAI UMA SOPA DE BELDROEGA



Sopa de Beldroegas com Queijos e Ovos
Ingredientes:
- 2 molhos de beldroegas;
- 2 cebolas;
- 500 g de batatas;
-1/5 dl de azeite;
- 1 cabeça de alhos;
- 500 g de pão caseiro ou de segunda;
- 4 ovos;
- 2 queijos frescos.
Preparação:
Prepara-se as beldroegas aproveitando apenas as folhas. Os molhos devem ser grandes. Cortam-se as cebolas às rodelas e alouram-se com o azeite. Juntam-se as folhas das beldroegas lavadas e deixam-se refogar muito bem mexendo com uma colher de pau. Regam-se com cerca de 2 litros de água e deixa-se levantar fervura. Retiram-se as peles brancas à cabeça dos alhos, que se introduz inteira (sem retirar a pele roxa de cada dente de alho) na panela com o caldo a ferver. Juntam-se ainda as batatas cortadas às rodelas grossas. Tempera-se a sopa de sal e deixa-se cozer. Na altura de servir, introduzem-se no caldo os ovos um a um e deixam-se escalfar. Por fim metem-se na panela os queijos cortados aos quadrados. Tem-se o pão cortado ás fatias numa terrina e rega-se o caldo. À parte servem-se as batatas, os ovos, as beldroegas e os queijos. Substituem-se os queijos frescos por um queijo de leite de ovelha fervido, cortado aos bocados.

Meu pai era mestre a fazer esta delicia!
Uma homenagem ao mestre Joaquim Augusto!

sábado, 19 de junho de 2010

PRELÚDIO


Prelúdio

Pela estrada desce a noite
Mãe-Negra, desce com ela...

Nem buganvílias vermelhas,
nem vestidinhos de folhos,
nem brincadeiras de guizos,
nas suas mãos apertadas.

Só duas lágrimas grossas,
em duas faces cansadas.

Mãe-Negra tem voz de vento,
voz de silêncio batendo
nas folhas do cajueiro...
Tem voz de noite, descendo,
de mansinho, pela estrada...

Que é feito desses meninos
que gostava de embalar?...
Que é feito desses meninos
que ela ajudou a criar?...
Quem ouve agora as histórias
que costumava contar?...

Mãe-Negra não sabe nada...
Mas ai de quem sabe tudo,
como eu sei tudo
Mãe-Negra!...

É que os meninos cresceram,
e esqueceram
as histórias
que costumavas contar...
Muitos partiram pra longe,
quem sabe se hão-de voltar!...

Só tu ficaste esperando,
mãos cruzadas no regaço,
bem quieta bem calada.

É a tua a voz deste vento,
desta saudade descendo,
de mansinho pela estrada...


(Alda Lara)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A PEDRA DA CALÇADA


Arrancada,desprezada
Uma pedra da calçada,
Lembrou o mundo ruim
E pôs-se a contar assim
Os transes da vida sua:

"Eu sou de terras distantes,
Onde as fontes sussurrantes,
Pela noite velha adormecem;
E vim para a cidade enorme,
Onde nem a noite dorme
e os homens não se conhecem1

Sobre mim, passaram nobres;
Sobre mim,dormiram pobres;
Vi risos maus; dores sublimes,
Salpicaram-me,no entanto,
Com tristes gotas de pranto
E negro sangue de crimes

Eu vi riquezas mentidas,
Eu vi misérias escondidas,
Vi honra e devassidão;
Debaixo de pés descalços
Dos pobrezinhos sem pão"

E aquela pedra sombria,
Muito negra,muito fria
Com um desgosto profundo,
Deixou-se ficar ali:
Não por vergonha de si
mas por vergonha do Mundo

sábado, 5 de junho de 2010

Saudades



Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido em Portugal,só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...
(Clarice Lispector)