segunda-feira, 28 de maio de 2012

ESTOU ENVELHECENDO .....

Sinto-me ,às vezes assusto-me! Eu sou eu sempre, mas os dias e os anos passam e deixam as suas marcas. Não quero deixar de sorrir. Mas às vezes o cansaço vence e o sorriso desvanece-se... Todos os dias acordo e rezo para ter um dia bom. Às vezes sinto que algo vai acontecer e tremo "Espero que seja bom!". No final o dia corre e os anos passam e a vida vai deixando em mim as suas marcas. Sinto-me envelhecer. E não quero! Tenho tanto para fazer, tanto para crescer, tanto para dar e para receber. Quero muito viver e ser feliz! As pessoas que vou perdendo lembram-me da nossa imortalidade... e tremo! Um dia também eu vou envelhecer. Será que me vou reconhecer? Ou será que vou partir antes de isso acontecer? A vida é mesmo muito estranha. Tem sempre o mesmo final. Cabe-nos a nós escrever o meio desta história. Gostava que a minha fosse longa, mas há vezes que penso que não ......

quarta-feira, 2 de maio de 2012

QUE EVOLUÇÃO........

Que Evolução? No ano de 1974, no vigésimo quinto dia do mês que antecedeu Maio, aconteceu neste país uma fantástica sublevação que enlouqueceu os seus habitantes e espantou todo o mundo. Disso não tenham dúvidas! Passe o tempo e mais tempo passe, sumam consoantes e vogais, esvaneça-se afinal todo o alfabeto, mas tenha voz quem então esteja vivo e um simples uivo pode evocá-lo. Há coisas que nunca se esquecem. O vinte e cinco é uma dessas coisas. É muito, muito mais fácil escrever sem erres do que esquecer a revolução de Abril. Foram dias foram anos a esperar por um só dia. Alegrias. Desenganos. Foi o tempo que doía com seus riscos e seus danos. Foi a noite e foi o dia na esperança de um só dia. Manuel Alegre

terça-feira, 1 de maio de 2012

TEUS OLHOS CASTANHOS ........

Há quem diga que o nosso olhar revela o nosso espirito, ou a nossa alma. Há quem diga que o olhar não mente e que os nossos sentimentos reflectem-se assim no olhar! Será verdade? Eu gosto de acreditar que sim. Afinal alguma magia no mundo real é bastante saudável. O olhar sempre foi personagem principal de lendas, mitos, e histórias de encantar.Nunca ouviste falar da beleza dos olhos Azuis? Ou do selvagem olhar verde? Ou mesmo do calculista olhar cinzento? Até mesmo do secretismo do Olhar negro. É verdade , todos eles ja foram referidos, mas existe uma cor, uma simples cor tão especial como as outras, por vezes de uma beleza de gosto mais elaborado, pois é falo dos "vulgares olhos castanhos" Ora experimenta isto, Fita um par de olhos castanhos e verás o quão convidativos estes são, Sentirás uma sensação de segurança, uma força imensa, e uma ternura inagualavel. Já para não falar do seu brilho escuro, fantastico mesmo. Pois mas sabes? Se calhar é impossivel reparares nisso, visto neste momento estar a ver os teus olhos castanhos e a ver as caracteristicas dos olhos castanhos que estão no teu rosto, se calhar estou iludido com o teu olhar... Sabes só queria ser ladrão! para poder roubar o brilho do teu olhar e oferecer-to, assim conseguia oferecer-te algo tão especial como tu...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SAUDADES .....


Saudades delas... das que já morreram... da alegria, da partilha, da companhia. Dos risos e sorrisos, dos abraços, dos carinhos trocados e do amor repartido.
Saudades de ter Mãe, de ter Avó..... Saudades de ser assim de tantas e tão querida. Saudades de amar, como só se ama quem nos pertence, quem nos sente, quem nos entende.
Saudades dos tempos felizes, em que nada parecia haver que nos afastasse. Mas veio a vida, e consigo a morte. Mas veio a vida, e consigo tantas mentiras.
E assim tudo acabou. Tudo se perdeu.
Não sou de ninguém, não me sinto bem, mas também não há remédio. Dizem que é assim a vida... Que temos de aguentar... que tudo vai passar.
Há coisas que não passam, como estas saudades, e outras que não se esquecem, como aquelas palavras.
Há amores que merecem todas as lágrimas perdidas e sentidas... e outros que não merecem nada...
Nem estas saudades!

terça-feira, 17 de abril de 2012

MAR DOURADO



Se eu fosse pintor, passava a minha vida a pintar o pôr do Sol à beira-mar. Fazia cem telas, todas variadas, com tintas novas e imprevistas. É um espectáculo extraordinário.
Há-os em farfalhos, com largas pinceladas verdes. Há-os trágicos, quando as nuvens tomam todo o horizonte mm um ar de ameaça, e outros doirados e verdes, com o crescente fino da Lua no alto e do lado oposto a montanha enegrecida e compacta. Tardes violetas, oeste ar tão carregado de salitre que toma a boca pegajosa e amarga, e o mar violeta e doirado a molhar a areia e os alicerces dos velhos fortes abandonados ...
Um poente desgrenhado, mm nuvens negras lá no fundo, e uma luz sinistra. Ventania. Estratos monstruosos correm do forte. Sobre o mar fica um laivo esquecido que bóia nas águas – e não quer morrer...
Há na areia uns charcos onde se reflecte o universo – o céu, a luz, o poente. Não bolem e a luz demora-se aí até ao anoitecer. E como o poente é oiro fundido sobre o mar inteiramente verde, que a noite vai empolgar não tarda, os charcos, entre a areia húmida e escura, teimam em guardar a luz concentrada e esquecida.
Em todo o dia, o mar não se viu nitidamente. Névoa esbranquiçada, grandes rolos de poeira e sol misturados, água de que se exala um hálito verde envolvido nas ondas. Por fim, o Sol desceu e um nevoeiro imprevisto entranhou poalha de oiro no mar esverdeado, fantasmagoria e sonho nesta frescura extraordinária.
Agora este, teatral, com largas gambiarradas, franjadas a oiro, acabado de pintar pelo cenógrafo para uma apoteose, e outro que não sei descrever, feito com muito pouco: quase desmaiado, um nada de luz no mar efémero, um nada de luz no céu efémero e a montanha roxa ao fundo prestes a desvanecer-se...
Agora é prata, daqui a pouco é oiro, e quando o Sol desaparecer de todo, ainda o horizonte fica por muito tempo iluminado. Oiro desvanecido e pó de água que ascende do mar. Um pouco de névoa e dois jactos projectados no céu – verde e oiro, oiro e verde.
Esta tarde, o Sol põe-se sobre uma barra e aparece deformado, entre grandes manchas de nuvens acobreadas. Some-se, e ressurge por fim como um grande balão de fogo num oceano revolto, até que entra numa grande nuvem espessa com interstícios de fogo e explode, iluminando o espaço e a água cor de chumbo.
Este faz sobressaltar e sonhar. Três horas da tarde. Céu limpo, mar manso, e sobre o mar uma chapada de prata, sobre o verde, mil escamas a cintilar, que brilham, luzem e tornam a reluzir. O Sol desce pouco e pouco, majestoso e sereno, no céu todo doirado e a luz forma uma estrada que liga o areal ao infinito, uma estrada larga, de oiro vivo, que começa a meus pés, na espuma ensanguentada, e chega ao Sol. Ó meu amor, não acredites na vida mesquinha, não duvides: dá-me a tua mão e vamos partir por essa estrada fora direitos ao céu!

Raul Brandão (1867-1930)

domingo, 8 de abril de 2012

CONDITICION OF THE HEART...



Vivia com o coração nas mãos na esperança sempre tímida e inquieta de voltar a vê-la. Um dia, quando julgou avistá-la ao dobrar da esquina do seu prédio, sentiu o ritmo cardíaco disparar numa súbita ansiedade, deu meia volta em repentino sobressalto sem saber o que fazer, tropeçou enredado nos seus próprios nervos e caíu desamparado. Atrapalhado, levantou-se logo à procura dele mas já não o viu. A gorda do terceiro esquerdo que ia a passar naquele instante apanhou-o num ápice e fugiu para dentro de casa. Nunca o devolveu e vive barricada na contemplação desesperada do seu troféu inanimado. Ele deixou de perscrutar o horizonte das ruas em busca da silhueta desejada e não mais tirou os olhos do chão nem as mãos dos bolsos.

(vagamente inspirado num velhinho verso do Prince "love it only seems 2 buy a terminal condition of the heart")

domingo, 25 de março de 2012

GUERRA E PAZ



"Quero descobrir. Tudo. Quero descobrir por que sei o que está certo e faço o errado. Quero descobrir o que é a felicidade e qual é o valor do sofrimento. Quero descobrir por que razão os homens vão para a guerra e o que têm no seu interior quando rezam a Deus. Quero descobrir o que as pessoas sentem quando dizem que amam (...) Acho que deve ser difícil para ti perceberes uma pessoa como eu. Tu sabes exactamente o que deves fazer e fazes isso mesmo. Tu estudas e ficas esclarecido. Eu estudo e fico confuso."



(Tolstoi, "Guerra e Paz")

sexta-feira, 23 de março de 2012

E FUJO DE QUÊ !?


Há qualquer coisa de instintivo, de não dito, algo não racional nem razoável que faz com que no nosso interior um alarme de perigo se acenda.
Porém, o problema consiste em que é uma sensação difícil de racionalizar e de situar.
É como uma adivinhação, como um pressentimento de dores futuras. Eu sei, ou pelo menos acredito, que as intuições e os pressentimentos realmente existam e que, se não sempre, pelo menos frequentemente, remetam para qualquer coisa de real.
A minha própria razão diz-me que tenho de dar atenção a esses pressentimentos, que não devo desprezar as minhas intuições e sensações, mesmo que essas sejam de todo malucas, mesmo que estejam tecidas por um fio invisível que oculta a trama, as causas, os efeitos, mas que enviem para o corpo e o cérebro uma mensagem clara: Alerta! Alerta! Tem cuidado!
Quem é que ensina ao coelho a desconfiar da serpente? Quem é que disse à gazela que tinha que correr ao perceber um certo cheiro?
Há mensagens cifradas da realidade que não são decifradas pela parte racional do nosso corpo, mas por um receptor qualquer que temos dentro de nós e que é, ao mesmo tempo, muito menos cego do que os olhos, muito menos burro do que a razão e muito mais obscuro e difícil de definir do que eles.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A MEU PAI !


Hoje senti saudades de ti ... pai ...
saudades de te ter , de te abraçar,
hoje senti saudades de ti ...
saudades de te ver sorrir ...
saudades da tua face e teus olhos...
hoje senti saudade de te olhar...
saudades da tua voz...
mas senti saudades de te ouvir falar,
hoje senti saudades de ti ...
de te ver a trabalhar,
de te ouvir rir, pena não te ver envelhecer ...
ver-te chegar a casa, era uma casa cheia...
hoje olhei-me ao espelho, pensei em ti...
no verde de meus olhos vi saudade,
vi-te dentro do meu olhar, fiquei ali...
e fiquei nos meus olhos à vontade ...
pedi então a Deus p'ra adormecer
que pudesse ver-te, ainda que a sonhar
não pude dormir, pai ,
não pude... que a saudade
foi mais forte do que eu, pôs-me chorar...
(TB)

domingo, 18 de março de 2012

A NOSSA ESCOLA, NO PRIMEIRO DIA........


No meu primeiro dia de escola tinha vestido uma bata azul com quadrados brancos ou branca com quadrados azuis e transportava,, uma mala de cartão. Nessa mala tinha três cadernos um de linhas, outro de contas e uma ardósia , um estojo com uma lapiseira , um lápis e uma borracha e meia -dúzia lápis de cor para desenho .

Nesse dia a minha mãe acompanhou-me à escola e, porque tivemos de aguardar a chegada do“Senhor Professor”, conversou com as mães dos outros meninos. Nós, nós olhávamo-nos como desconhecidos.que éramos,porque praticamente ainda não tínhamos saído de um raio de 500 metros da nossa casa até a essa altura . Quando o “Senhor Professor” abriu a porta a minha mãe lançou-me um desafio. Uma frase que demorei alguns anos a compreender. No principio deste Mês senti, mais uma vez, o significado desse repto, que a minha mãe me lançou há exactamente 51 anos.

Naquela altura as aulas começavam em Outubro e os meninos foram pela primeira vez à escola. A minha mala era castanha e muita coisa mudou: sei ler, sei a tabuada e sei fazer contas e até ver as horas, e as letras já deram os primeiros passos. Tanta coisa mudou! Tanta coisa! Mas tenho uma questão: o que será que as mães do século XXI dizem aos filhos quando os deixam pela primeira vez na escola?
(foto JRSIMAS )

sábado, 17 de março de 2012

E SE EU TIVESSE SEGUIDO O CONSELHO .......



De malas aviadas.... éramos chegados ao aeroporto de Luanda , para tomar-mos o avião do TAM para Lisboa , missão cumprida e para trás ficaria a bela e quase Ex.colónia Portuguesa , ANGOLA , estávamos em 31 de Outubro de 1975.
Quando olhei o avião, ri de alegria e ainda ri mais quando subo a escadas a detecto uma cara conhecida, era um amigo da marinha e de Sousel , Carlos Dimas feliz encontro, tive logo a sensação que não seria uma viagem aborrecida e não foi ....
Não eram hospedeiras, mas em comparação a uma viagem que fiz em 2010 na TAP o serviço de de Catering foi bastante superior , desde aperitivos ao próprio jantar...talvez estivessem a honrar os seus heróis ou então porque eu viajava a lado de um oficial superior , que me faria sentir um bocado constrangido , a coisa teria sido mais fácil se viéssemos à civil , em cima dos ombros do homem estavam três galões , dois estreitos e um largo, olha com o que tive de lidar durante as aproximadamente oito horas de viagem.
Palavras dele - o que vai fazer quando chegar ? Meu tenente - coronel , não sei , logo se verá , logo ele entendeu que eu estava sem projectos futuros . Por fim deixou-me uma sugestão , que foi, porque não continua no exercito ? Deixou-me a pensar mas a vontade de chegar à minha terra era mais forte e respondi-lhe não quero .
Que teria visto ele na minha cara , perfil para militar ou simplesmente perseverança de Alentejano para missões a cumprir ou a lealdade comparável aos que também Alentejanos estiveram ao lado do Condestável , e tivesse seguido o conselho ......
Mas lá atrás estava o Carlos Dimas que me chamou para me oferecer uma boa ceia , vinha fornecido de marisco e cerveja e assim deixei o meu companheiro de viagem a meditar e fui para a festa ! Pois não preciso de dizer mais nada.....
Apertem os cintos , estamos a chegar era a voz do comandante da nave . mais eu vibrava de alegria com a alegria das cervejolas !!!
Já em solo Pátrio e a descer as escadas do avião , esperava-nos as famílias dos militares , eu senti-me nesse momento tremendamente só, ninguém estava à minha espera, mas afinal ela era tão linda como na foto a mana de um soldado dado meu pelotão ....
E agora como vou para Sousel !!!??
O Carlos Dimas era de Sousel e o Santiago se a memória não me falha , de Évora , fizemos uma " perninha " num táxi . quanto custou !? e isso que interessava ....
O abraço do Pai que não me esperava a falta da "chama" da casa falecida uns tempos antes de embarcar para Angola , foi um regresso de felicidade comedida .
Projectei um hiato de uns meses para adaptação aos novos desafios que esperava irem surgindo ........ e foram .

quinta-feira, 15 de março de 2012

NÂO SEI QUE ACONTECEU EM N`DALATANDO .............


Sei, mas não tinha era a consciência do que poderia ter acontecido. quando a coluna militar parou pela manhã em SALAZAR, assim se chamava até 1975, em que a 3ª companhia do BAT CAV 8322/74 , se deslocava para uma nova ZA ( Zona de acção). Nosso destino Catete pela importância histórica , foi lá que nasceu o líder do MPLA AGOSTINHO NETO .
Foi uma viagem de regresso , vínhamos aproximando de Luanda , deixamos para trás Saurimo , mais propriamente o AB4 onde estivemos aquartelados durante uns meses interagindo com a cidade lá em baixo a 2 ou 3 kms.
A coluna militar partiu e eu uns quilómetros passados é que me apercebi da extensão da mesma , no momento já era uma coluna mista acompanhava-nos mais de 70 carros civis, sentir-se iam mais seguros viajar com a tropa portuguesa a finalidade deles era chegar a Luanda para vir para Portugal. Os chamados Retornados !
Todo o Norte de Angola já estava no domínio do MPLA já não havia conflitos portanto até N`dalatando foi uma viagem de turismo apreciando a vistas a divertindo.nos com as peripécias que aconteciam ás viaturas já velhas a gastas, eram " abatidas " ali mesmo montanha abaixo .
Desta vez tive o privilégio de viajar instalado dentro da cabina de uma Berliet , sem ar condicionado com quilos de pó no camuflado.
Como a coluna em andamento de estendia por vários quilómetros era difícil passar mensagem todo com aquele roncar dos motores se a primeira viatura parasse só meia hora depois pararia a ultima assim lá íamos todos contendes da vida , ficaríamos uns metros mais perto de casa , por ironia assim que cheguei e para animar estava um cartaz de boa vindas e irónico - Maçarico está a 10.000 Kms do PUTO (Portugal).
Que linda que estava MALANGE à vinda, destroçada que estava à ida , porém já não estaria o Dono do restaurante onde não pagamos o jantar uns meses antes ...... para lhe liquidar a dívida .
Serpenteando pela estrada daqueles montes e vales e já perto de N`Dalatando aproximava-se sarilhos , já anoitecia a coluna parou na cidade pesava eu que era para passarmos a noite . mas não , uma barreira do MPLA que não queriam deixar.nos passar .....
Só passariam os militares os civis não , que grande embrulhada , não deixaríamos nas mão dos guerrilheiros os civis , que poderia acontecer eu não sei mas deduzo ...
Altas patentes reunidas em conversações que duraram quase toda a noite , fomos avisados que poderia dar para o "torto" para estarmos preparados .....
No meu caso preparei me mas foi para comer um arroz quente com mandioca duma amável e linda mestiça que foi com a minha cara , que já estava farto da ração de combate, chocolate com leite e conservas aquecidas na pólvora das balas ...
Por fim lá foi desbloqueada a situação e tudo seguiu conforme, partimos cedo a ainda parámos em Cambambe onde estava instalada uma companhia do nosso Batalhão , para montar segurança a barragem.
E assim chegamos a CATETE e os civis seguiram para Luanda .



Fonte : Wikipédia
N'dalatando

Ndalatando é uma cidade angolana, sede do município de Cazengo e capital da província de Kwanza-Norte.
Até 1975 teve a designação de Vila Salazar, em homenagem ao então presidente do Conselho de Ministros português, António de Oliveira Salazar.
A cidade é sede da diocese de Ndalatando, criada pelo papa João Paulo II, em 1990, pelo desmembramento da arquidiocese de Luanda. Abrange todo o território da província do Kwanza-Norte. O seu primeiro bispo é Dom Pedro Luís Scarpa. Em 2005, o papa Bento XVI nomeou o actual bispo, Dom Almeida Kanda .