domingo, 19 de julho de 2009

CANO - A MINHA VISITA !


Uma rua sem asfalto , uma porta, duas divisões a cozinha alentejana e o quarto, sem luz eléctrica e sem casa de banho, era obrigatório o quintal.
Partia de Sousel com o meu pai de bicicleta, onde era transportado no quadro com uma almofada,estrada fora e várias pedaladas lá chegávamos ao Cano.
Meus avós Joaquina Piteira e José Simplício,ficavam sempre muito contentes de o neto mais novo os vir visitar ,ou para ficar uns dias, Dormia numa cama ao lado dos meu avós com o tic-tac do relógio,e o silêncio da noite com o sopro do apagar candeeiro a petróleo.
Situava-se do lado oposto uma bomba de gasolina que pertencia aos BARRADAS do Cano onde eu por curiosidade pedia para dar a bomba para encher os depósitos dos carros ou das motas.
Pela grande feira de Agosto 24 e 25 era crucial o meu avô comprar a maior melancia que por lá havia ... para desfrutar com a família,dias de festa.
Magra e de uma vitalidade surpreendente a avó Joaquina era uma mulher e armas e muito faladora tinha sempre assunto, enquanto o meu avô era de uma calma e pouco falador com respostas concisas e precisas o alentejano nato.
Os valores tirados destes seres humanos foram muitos e principalmente e sempre em primeiro lugar a família .
Rua da Boavista mais uma pegada da minha existência!

1 comentário:

  1. palavras para quê, nota-se a saudade nos teus comentários.

    um abraço

    joão mota

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