sexta-feira, 13 de novembro de 2009

TABERNAS. "VENDAS" E TASCAS


Com tendência a desaparecer, algumas ainda escapam nos mais recônditos lugares deste Portugal, mais na ruralidade onde se vão mantendo uma tradição do copo e da tapa.
Adolescentes,em que o tédio se apoderava de nós nada melhor que dar a volta a vila a visitar as "vendas" para um copo e uma tapa .
Começando e pelo principio, claro a " venda" do Parrula na avª calça e Pina, os petiscos mais básicos eram o toucinho, chouriço , farinheira , azeitonas queijo , os mais elaborados só de encomenda.
Na avenida 25 de Abril situava-se a "venda" do Edmundo Penado, com retiro para os mais discretos , baseando o menu na carne de porco, carapau frito ,conservas, como abria cedo era o "mata-bicho" de alguns com um copinho de aguardente e uma língua de gato.
No largo do Coval , era o "Capa-Rolas" ,mais a jeito de adega , mas com um menu variado baseado na gastronomia alentejana.
A " venda" do José Maluco era mais acima , esse só nos dava conservas, um misto de tasca e café já com televisão onde eu vi o mundial 66 o Portugal-Coreia, 5-3 , estão recordados .
No parreiral a "venda" do Corneta , caça e pesca eram os " petiscos" imensas foram as vezes que a nosso "grupo" comeu perdizes, lebres, coelhos ,assim como achigã ,carpas e barbo.
No bairro Bartolomeu o Francácio, sapateiro e dos bons tinha também " venda", mas para os fins de tarde e fim de semana.
No parreiral a "venda" do Zé Cabeças, mesmo colada a Igreja do Mártir Santo que na altura estava em ruínas , podia se petiscar a cabeça de porco , a orelha , o focinho de porco ,cozidos, havia também o célebre migos ,carne migada com pimentão já pronta para o chóriço.
O vinho tinto era o acompanhante de " honra" destas patuscadas.
Sousel e suas gentes,anos 60/70 do século passado.
Foto:jrsimas
Fonte:memória

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