sexta-feira, 29 de abril de 2011

RUMOS DE VIDA ...... !


A chuva tocava-lhe no rosto, ele não se importava, até gostava da sensação. A água fina a cair-lhe na face e escorrer pelo resto do corpo, já encharcado. As roupas que trazia vestidas não eram propriamente impermeáveis e estavam agora ensopadas e pesadas devido à água.

Adorava aquelas ruas,largas , com passeios e com o chão de paralelos já lisos. Delimitada pelas casas antigas de cada lado da rua, um caminho percorrido por inúmeras pessoas a pé, depois carroças e agora carros. Uma calçada intemporal que guardava memórias de tempos idos.

Andou um pouco mais, chegou a um pequeno largo com um chafariz, e sentou-se num banco de madeira, o banco aparentava ter algumas dezenas de anos, não tantas quanto o chão onde este estava. Tentou não pensar na chuva que não cessava o fogo sobre a sua cabeça.

Libertou a mente de tudo o que era banal, apenas ecoavam os versos de uma música antiga, que tal como o banco vivia já há muito tempo, e como a calçada, havia de viver muitos mais.

Tentou pensar no sentido da sua vida e no rumo que queria levar. Tomou uma decisão, levantou-se e partiu.

Nunca mais seria o mesmo.......
(MP)

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